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RNP+Ce realiza oficina sobre comunicação para adesão, TARV e I=I
Com o objetivo de contribuir na disseminação de informação entre pessoas vivendo com HIV/Aids, profissionais da saúde e sociedade em geral; com o objetivo de aumentar a vinculação ao serviço de saúde, assim como aumentar a adesão à TARV (tratamento antirretroviral) e o conhecimento sobre o I=I (Indetectável = Intransmissível), a RNP+CE realizou nos dias 25 e 26 de junho, no último final de semana, no Hotel Umuarama, em Fortaleza, uma oficina de comunicação. A iniciativa faz parte do projeto Pessoas vivendo com HIV/Aids e Gestores: Diálogos positHIVos para melhorar os indicadores, apoiado pelo UNAIDS Brasil, e teve como facilitador o jornalista e historiador, secretário nacional da RNP+Brasil, Augusto Menna.
A oficina que reuniu 10 ativistas do movimento de HIV de Fortaleza, começou no sábado, às 9 horas da manhã, com apresentação do grupo, quando cada participante falou um pouco sobre as suas expectativas para a oficina, e um pouco sobre “o que é adesão?” O grupo que já demonstrava um bom conhecimento sobre adesão, foi dividido em dois, e durante a manhã discutiu-se sobre as vantagens de uma boa adesão ao tratamento do HIV, e seus desafios, tendo em vista a realidade cultural e socioeconômica da cidade. A ideia foi aprofundar entre os participantes o debate sobre as implicações complexas que envolvem o tema da adesão à TARV para que compartilhassem uma visão crítica e humanizada sobre o tema.
No terceiro momento do dia, diante do que foi abordado na parte da manhã, os grupos trabalharam a criação da campanha de comunicação sobre o tema. Cada grupo ficou encarregado de criar uma proposta de cartaz pensando no público alvo, no tema, no local e formato da campanha. Depois de concluídos os trabalhos, as propostas foram apresentadas. Finalmente, após avaliação coletiva e consolidados os resultados, e, sobretudo, um amplo debate sobre questões comunicacionais relacionadas ao HIV, as duas propostas foram fundidas em apenas um cartaz.
No segundo dia de oficina, os integrantes se reuniram às 8 horas da manhã, e inicialmente abordou-se os conceitos sobre I=I e os desafios de fazer a divulgação deste conceito para a população em geral. Ainda neste primeiro momento, pensou-se um pouco de que forma podemos divulgar esta descoberta científica que comprovou finalmente que com o tratamento antirretroviral adequado o HIV torna-se intransmissível por via sexual, sem no entanto estimular o descuido e uma vida sexual sem autocuidado.
Como no dia anterior, dividiu-se o grupo de ativistas em 2 com a propostas que pensando no contexto e na realidade local, cada grupo criasse uma campanha de comunicação sobre indetectável=intransmissível. Observou-se o empenho e a empolgação dos grupos, com muitas ideias e falas sobre o tema. Em seguida, cada grupo defendeu a sua proposta de cartaz. As duas bastante criativas, foram debatidas e foram feitas sugestões de melhoria na comunicação de cada uma. A consolidação da oficina se deu quando os dois grupos entraram em consenso escolhendo uma das propostas fazendo pequenos ajustes na comunicação da campanha
Encerrou-se a oficina agradecendo a participação de todos, principalmente do facilitador que, segundo a coordenadora, Jacqueline Sampaio, “foi brilhante na contextualização dos temas para a construção das duas campanhas”. As duas peças de comunicação devem ser produzidas, impressas e divulgadas em unidades básicas de saúde, SAES e outros equipamentos da saúde da cidade.