07/04/2019 às 22:10:49
“No Ceará não há o que comemorar no dia Mundial da saúde para as PVHA se não um dia como o 1 de dezembro de reivindicação. Eu gostaria muito de poder chamar atenção para uma reflexão: Primeiro das pessoas que reflitam sobre a saúde que temos com a qualidade do que nos é oferecido pelos nossos governantes. O Governo diz que investiu e fez muito na saúde nos últimos tempos. Eu diria que perdemos muito neste mesmo tempo do qual se refere o governo os mais de 20 mil casos de Aids no estado vivem a incerteza do dia seguinte se vai chegar no serviço onde é atendido e vai encontrar Seu médico ainda que marcado, se terá acesso a coleta de seus exames um deles que só é feito uma vez no ano, A rotatividade de profissionais é tão frequente quanto a falta de um tubo de coleta nos laboratórios das unidades de saúde , a estrutura física do Ambulatório do Hospital de referencia é a mesma de 20 anos atrás, os programas de Aids não existem mais, ás áreas técnicas, GT de Aids planejam ações de prevenção ou de acompanhamento dos serviços no território porem não sabem se terá a aprovação de gestores maior da pasta da saúde A Sociedade civil quando é convidada para Construção de um plano nada mais é que apenas referendar o que se deseja realizar visto que o faz de conta tem sido as metas dos gestores do Estado e seus municípios.
Nossas pautas com a gestão chegam a ser apenas reprises, elas apenas se repete pela não realização do que se consegue apresentar. A gestão não dialoga responsabilidades para não terem de assumir o que é do estado e município e nesse jogo os usuários são os que perdem sempre!
Decretos que saem do Gabinete do governador, canetadas, normas internas descem para secretarias, coordenadorias e chegam dentro dos serviços apenas para que se cumpra e como os gestores maiores são blindados. A sociedade civil organizada, os movimentos não conseguem chegar aos que tem poder de decisões e são essas estratégicas que se usa para não ouvir as demandas no caminho que deixa os usuários na porta dos serviços e de hospitais com a informação de que não terá acesso a medicamentos, que a consulta foi adiada, e que os exames estão suspensos.
A falta de acesso dado a condição social dessas pessoas e outros tantos variáveis fazem com que tenhamos um grande numero de abandono no tratamento, e ainda somos responsabilizados e penalizados por questões que surgiram causada pela própria gestão num claro ato de violência as pessoas em não garantir, atendimento acompanhamento ao seu tratamento
Os decretos, vontades e desejos de nossos gestores são postos para os usuários como uma constituição brasileira, no entanto as leis que deveriam garantir direitos da população que vivem com HIV são violadas diariamente e nada acontece, temos processos que tramitam em defensorias públicas há mais de 04 anos também sem qualquer resposta tudo isso faz com que fiquemos sem saber onde recorrer. Toda essa falta de resposta ao tratamento das PVHA também faz ter números expressivos de abandono, e que o estado não tem nos serviços estrutura para a busca desses usuários e os motivos que os levaram a desistir do tratamento.
Neste dia Mundial da saúde As pessoas com HIV e todos cearenses usuários do SUS têm uma única certeza que falta um maior compromisso com a saúde de toda a população do nosso estado.”
Vando Oliveira – RNP CE